Por ela é que eu faço o palhaço

31 janeiro 2006

Fortaleza é aqui

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Pós-banho

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Ei, mamãe, ajeita aí que minha fralda tá aparecendo!

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Vida de recém-nascido

Ai, que soninho...


Dia 25 da minha existência. Diário de bordo: quero voltar pra barriga da minha mãe. Aquilo que era vida. Temperatura constante, e perfeita. Nada parecido com esse calor infernal do Rio de Janeiro. Fora que é um tal de liga o ar condicionado, fica fresquinho, aí um acha que tá frio demais pra mim - e as vezes tá mesmo - desliga o ar, fica aquele calor de novo, me botam no berço, começo a suar, ligam o ar de novo... Comida também não era problema: aquela sonda ligada direto no meu umbigo, como era mesmo que eles chamavam? cordão, isso. Nem sabia o que era fome. Agora eu tenho que abrir o berrador pra avisar que precisam fazer a comida. Às vezes demora, e eu não tô acostumada a ficar esperando comida não. Outras vezes demoram pra se darem conta de que o que eu quero é mais leite, e que não adianta ficar me balançando como se eu fosse um chocalho de escola de samba que eu não vou desligar a sirene enquanto não entucharem uma boa mamadeira na minha boca. Pois é, como voces podem ver, vida de recém nascido não é essa moleza toda. Mas não tem jeito, parece que todo mundo passa por isso, uma tal de Fase de Adaptação... Vá lá. Me prometeram que depois melhora. Já tô louca pra chegar na parte do passeio de carrinho na Lagoa. Afinal, diz-se, a vida boa só começa aos quarenta. Quarenta dias...

Ai, essa vida de bebê me cansa...

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25 janeiro 2006

Foto Galeria II

Não tem carrinho, nem bercinho: eu me amarro mesmo é em colo!
Marina, baby-sitter nº 1


São Paulo Fashion Week: coleção primavera-verão

20 janeiro 2006

Foto Galeria

Minha Vó Ida, Mamãe... e eu
Meu Vô Neca e eu
Perereca

Papai conforto




Meus primeiros
momentos com mamãe

19 janeiro 2006

Ficou um brinco!



Ainda ontem à tarde, chegou um monte de gente de olho puxado. A princípio eu achei que era apenas mais visita. Depois senti um clima meio pesado. Algo estava para acontecer. Mamãe com um ar tenso, Vó Ida idem, meu pai meio verde, e as tais visitas me pegando no colo com um jeito diferente. Saquei logo porque não tava rolando aquele papo de "que coisa mais fofinha" "como ela é lindinha" e "esse olho azul vai ficar, tenho certeza!". O assunto era sério, o tom profissional, e as falas acima substituidas por outras como "um dia você vai me agradecer por isto". Então matei a charada: iam furar minha orelha! E, devo dizer, foi super tranquilo. Só dei uma choradinha pra também não acharem que sou um ET, que não sente nada. Acho que eles é que sofreram mais. Até a Tia Li - que trouxe a Tia Suely mentindo que iam fazer "só uma visitinha pra Dan" - na hora H também parece que ficou com pena.Valeu, Tia Li! Valeu, Tia Suely!

Muitas emoções

Hoje o dia foi de fortes emoções. De manhã dei uma canseira na minha mãe, que já não tava entendendo o porque daquele chororô, até descobrir um treco nas minhas costas, por dentro do body. Era meu umbigo, que tinha caido, e foi se esconder lá atrás. Pô, aquilo é duro e pontudo, tava me machucando! Aliás, ouvi eles dizendo que iam jogar fora. Será que não tinha nada melhor pra fazer com ele, não? Afinal, era parte de mim... Simpatias, macumbas e outros salamaleques, cartas para esta redação. À tarde, recebi visita: minha prima Sheila, do Rio, que veio pra São Paulo só pra me visitar! Aí, aproveitou que já tava por aqui e tirou uns dias pra trabalhar um pouquinho. Aliás, recebi tanta visita desde que nasci... Mas parece que, depois que a gente cresce, ninguém dá mais tanta bola pra gente, e dizem que é pra aproveitar esse momento. Eu tô adorando. Fora o monte de presentes que eu ganho. E ainda tem toda a galera do Rio, esperando eu chegar em casa!! Já começo a gostar também desse negócio do meu pai ser carioca e minha mãe paulista, ter duas "cidades natais", ser bilingüe...

Anjinho


É bem verdade que eu não tenho dado esse trabalho todo que meus pais achavam que eu ia dar. Mas no começo eu dei uma colher de chá especial, pra eles acreditarem mesmo que eu era um anjo que caiu do céu. Senão, dêem uma olhada nessa foto. Eu tô deitada sobre as asinhas, por isso vocês não as vêem (he he he ). Papai ficou me olhando fixo, um tempão, antes de tirar essa foto. Quase tive que acordar praquele fio de baba não cair na minha cara, eca! Depois, senti uma expressão de espanto dele ao ler o que tinha escrito na minha roupa: " Jaime?!?" Deixei o tapado cair na real sozinho. Vovó Ida tinha trazido a roupinha de Paris...

18 janeiro 2006

Primeiro troca a filha, que tá de cocô. Depois troca o pai, que tá de xixi...






17 janeiro 2006

Outra dos editores

Nos idos dos anos 70, aqueles brabos em que a nossa geração nasceu, também nascia a terceira filha do Chico Buarque, esse mestre de quem certa vez o Millor Fernandes referiu-se como a única unanimidade nacional (até conversar com um motorista de taxi que não apreciava sua obra). Era 1975. Chamou-a Luisa, mesmo nome da filha do amigo e parceiro de então Francis Hime. Compuseram um acalanto, gravado pelo próprio Francis no seu LP de 77, "Passaredo". O nome da canção desta vez não foi escolhido pela sonoridade e poder evocativo, como em Carolina, Januária, Bárbara, Cecília e tantas outras dedicadas a mulher e ao universo feminino, mas porque esse é o nome das meninas. Chico assim explica, em entrevista a Simon Khoury, o caráter de verosssimilhança nesse caso: "Bem, é claro que pra filha da gente sempre se abre uma exceção." Abaixo, a letra da canção, donde tomamos emprestado o título do Blog:


Luisa
(Francis Hime/Chico Buarque)


Por ela é que eu faço bonito
Por ela é que eu faço o palhaço
Por ela é que eu saio do tom
E me esqueço no tempo e no espaço
Quase levito
Faço sonhos de crepom
E quando ela está nos meus braços
As tristezas parecem banais
O meu coração aos pedaços
Se remenda prum número a mais
Por ela é que o show continua
Eu faço careta e trapaça
E pra ela que eu faço cartaz
É por ela que espanto de casa
As sombras da rua
Faço a lua
Faço a brisa
Pra Luisa dormir em paz

16 janeiro 2006





Uma hora eu acho que me pareço com outro neném da maternidade; depois, me acho parecida com papai. Agora, Vó Ida descolou essa foto aí, com a mamãe pequenina. Façam suas apostas...

15 janeiro 2006


Bom, como ia dizendo, não me chamo Maria mas sou cheia de graça. Mal cheguei e uma turma de tios-paparazzi, postiços ou não, me confundiu com a Gisele Bundchem. Era um tal de flashes daqui, cliques dali... e não parou mais. De vez em quando, tô meio dormindo e vejo uns clarões, uns barulhos de maquina fotográfica... mas parece que tô gostando dessa vida.

Eu dizia que não me pareço com ninguém, certo? Ok. Mas aqui entre nós, dêem uma olhada nessa foto aí. Quem conheceu papai na minha idade atual há de achar que, no mínimo, somos realmente parentes. Ele mesmo me acha bem parecida. E também me acha, vejam só, a coisa mais linda do mundo. Mas torce para que, com o tempo, os traços da mamãe prevaleçam...

No entanto, como vcs puderam ver nessa foto de cinco minutos de vida, com essa touca rosa, eu já vim bem prontinha, sem maiores inchaços na cara. Papai quando viu, já no dia seguinte, ficava pasmo me olhando com uma cara de bobo. Na certa fantasiava que recém-nascido tinha que se parecer com tudo, menos com gente. Dias depois, Tio Tito foi me visitar, ainda na maternidade, e sacramentou: "Impressionante! Não tem um amassado na lataria!!!"

Boa parte das pessoas que me viram logo nos primeiros dias me achou "a cara da minha mãe", como meu tio Marcio. Outra boa parte arriscou: "Ih, é a lata do Mauro". Alguns ainda tentaram conciliar: " é a cara do Mauro, mas com o jeitinho da Dania..." Eu mesma, na verdade, me achei mais parecida com minhas coleguinhas de berçário. Afinal, como dizem, todos nascemos filhos do mesmo pai: o joelho.
e o primeiro beijo vai pra quem?

Quebrando a casca do ovo

Luisas

La vem a nenem do ano (e que mês!e que dia!)
Um dia superlegal, entre o vovô e a titia.
Ida e Neca 2 corujas se rasgando de inveja
Sem razão nem precisão porque afinal, a Luisa
Além de levar o nome é a cara da bisa.

Nota do editores

Luisa quebrou a casca do seu ovo. Foi no dia sete de janeiro. Precisão cirúrgica, pra nao ter que dividir o aniversário com mais ninguém dessa família, tao pródiga de janeirenses. A esse propósito, Vovô Carlinhos se pronunciou em poeminha, que publico na íntegra logo abaixo (ou acima, ainda nao sei). E por falar em cirurgia, o parto acabou sendo cesárea, por segurança, para frustraçao da nossa médica e guru Carlinha, uma normalista convicta, se é que me entendem. O fato é que com uma semana de vida, Luisa ja tinha tanto pra contar que me assoviou a pretensão de fazer um diário, alertando desde logo que o século em que veio ao mundo é o XXI, e que diário nao tem mais nada a ver com caderno, canetas, etc. Cochichou então ao seu Tio Jan para que desse umas lições elementares de informática pro pai dela, sabedora de que se assim nao fosse, esse blog nao sairia. E aqui estamos, começando a tentar traduzir em palavras seus choros, choramingos, punzinhos e arrotos, cheios de significados, como que tivesse herdado o dom daquele mesmo Vovô ali de cima, que anos atrás havia psicografado as agruras dos recém-nascidos com quem convivia, muitos anos antes de conhecer seus netos. Mas chega de conversa fiada, pois quem tem a contar é ela; nós (plural majestático) estaremos aqui apenas como redatores, quando der, entre uma troca de fralda e outra, relatando o Mundo de Luisa, e dos personagens ao seu redor: Vó Ida e Vô Neca, Vô Carlinhos e Vó Noemí, Mamãe Dania e Papai Mauro, tios e tias, primos por todos os lados, todos felizes demais com a sua chegada.